quinta-feira, 14 de abril de 2011

masters of war - bob dylan (cover)

Os mestres da guerra que se escondem por detrás da cortina manipulando-nos como mestres de marionetas. Podem dizer que sou jovem, que estou acabado, ou mesmo perdido da linha que orienta uma vida regrada...
Pois eu digo-lhes o seguinte:
-Se querem que as guerras existam, lutem-nas eles mesmos, mestres da cobardia, mestres da morte alheia, mestres dos cordelinhos, mestres de coisa nenhuma.
O único mestre que reconheço já não está entre nós, nunca esteve entre nós, nem nunca estará. Ah pois é o meu mestre anárquico e inexistente é a consciência que me falta.

O Destino

O palhaço hard-core grita com o seu amigo ao insulto da sociedade, rebuscado nas ideias dos seus pensamentos distorcidos, ecoa-lhe na mente o ideal da destruição, como elemento criador de um mundo sem dor.

Aquela dor que todos experimentamos ao longo da vida, dos erros que nós e outros cometem e que nos afectam directa ou indirectamente. A dor das situações amargas que se tendem a repetir vezes e vezes, não sei se por esquecimento, se por inconsciência ou se por uma força indomável que só existe para fazer troça da nossa fragilidade psíquica: O Destino.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Planeta tóxico

No azul da atmosfera há tantas substâncias...

Prendo a visão no céu à espera que algo divino aconteça, respiro o ar composto sei lá de quê e perco o ponto focal no aparente infinito.Separo o cérebro em decompostas partículas, tão decompostas que também as inalo. Tenho pedaços de mim no meu interior, partes de memórias agora partem dos pulmões para a corrente sanguínea e da corrente sanguínea possivelmente para o cérebro novamente. Alucinado de mim mesmo com químicos que todos produzimos e os olhos postos no céu.Algo divino aconteceu.Eu, Tu, Nós, Vós, Eles e todos os outros pedaços de todos que vagueiam pelo Todo em troca constante de algo por algo.As vezes estou trancado no teu coração consumindo-te por dentro, alimentando-me dos teus cancros, de mais e mais partículas que nos são de uma só vez. Quando faço sexo contigo faço-o comigo e os meus fluidos são também os teus, partilhando uma toxicidade inebriante e sagrada, como o som de um martelo pneumático às cinco da manhã.As nuvens são a droga do tempo e o tempo a droga da morte e a morte a droga da vida e a vida a droga do amor. E tu meu pedaço químico externo a tudo, droga da minha existência à solta num planeta tóxico...